Câmara organiza história dos Cidadãos Ararenses

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            Foram dois meses de pesquisa. Nas sete caixas de arquivo muitas curiosidades até então esquecidas e que agora vem à tona. Um resultado que vai ajudar a preservar a história da Câmara Municipal de Araras e também da cidade.
            Como imaginar que o radialista e esportista Fiore Gigliotti não recebeu o título de cidadão ararense porque não preenchia as leis da época? E foi ele, que no rádio, durante as transmissões futebolísticas citava Araras como “Cidade Encantamento”. Este e tantos outros fatos formam agora um material de pesquisa disponibilizado no site da Câmara: www.camara-araras.sp.gov.br.
            É possível saber quantas pessoas foram homenageadas até os dias atuais, ficando a cargo da Assessoria de Comunicação, responsável pela pesquisa, a sua atualização constante, sempre que um novo Projeto de Lei for aprovado e também um título outorgado.
            Segundo o jornalista Rafael Faria, assessor de comunicação da Câmara, existe diferença entre a aprovação e a outorga. “Existem muitos casos de títulos aprovados e que não foram entregues. Um dos casos é o da professora Judith Ferrão Legaspe. Ela faleceu antes da realização da cerimônia”, exemplifica.
            O projeto de homenagem à professora foi apresentado pelo então vereador Pedro Butafava em 11 de agosto de 1981. No entanto, tempos depois, Judith Legaspe morreu e o vereador viu-se obrigado a assinar o pedido de arquivamento da homenagem.
            A concessão do Título de Cidadania é uma homenagem a pessoas, que, reconhecidamente, tenham prestado serviços ao município, ou nele se destacado pela atuação exemplar na vida política e particular. É necessário que a pessoa resida em Araras há mais de cinco anos, exceção para as autoridades públicas ou outra pessoa que tenha prestado algum serviço relevante à cidade ou participado de alguma atividade que promova o nome de Araras.
            Atualmente, como consta no Regimento Interno da Câmara de Araras, a entrega deve ser em uma sessão solene, em data a ser designada após entendimento entre o autor, o homenageado e a Mesa Diretora da Câmara. Cada vereador pode apresentar até duas concessões por ano, a não ser que a proposta seja rejeitada.
 
Curiosidades
            Os primeiros cidadãos ararenses, homenageados na história da Câmara, foram Fábio da Silva Prado e Renata Crespi Prado, em 30 de novembro de 1960. O casal, na ocasião era reconhecido pelas inúmeras contribuições para o desenvolvimento da cidade. Da doação do primeiro acervo da Biblioteca Municipal “Martico Prado”, ao custeio das obras iniciais da Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Araras.
            Já o último homenageado, pelo menos até o momento (01/09/07), foi o engenheiro agrônomo Sizuo Matsuoka, em julho deste ano, com homenagem feita pelo vereador Romildo Benedito Borelli – Baiano da Farmácia (PTB).
Nestes 47 anos de história são 89 títulos entregues, considerando a entrega em conjunto para seis casais. Outros 21 títulos foram aprovados, mas sem a realização de cerimônia, e alguns destes, provavelmente, nem entregues serão. Há casos de pessoas falecidas. Outras que se mudaram de Araras, rompendo os vínculos com a cidade. Já em outros casos, cerimônias estão agendadas. No dia 14 de setembro vai ser a vez do professor Mário Beraldo e no dia 28, do mesmo mês, do médico Sérgio Mattos Puls.
 
Site
            No site da Câmara todas estas informações estão divididas em quatro tópicos, para facilitar a busca de quem precisar destes trechos da história da cidade. Junto dos botões que contam a história da Câmara e da cidade, foi criado o botão “Cidadania” e logo abaixo, como subtítulos, os botões “O que é?”, “Homenageados”, “Aprovados” e “Curiosidades”.
            O presidente da Câmara, José Roberto Rimério – Miqueira (PTB), ao comentar o resultado deste trabalho lembra que durante seus anos como vereador nunca houve a preocupação de resgatar os fatos da Câmara. “Espero que esse material sirva de fonte de pesquisa para a população e também como exemplo. Se essas pessoas foram homenageadas é porque mereceram, fizeram algo louvável para a cidade”, diz Miqueira. “Qualquer pessoa, nascida ou não em Araras, também pode e deve agir assim. Seria melhor pra todos”, completa.




Publicado em: 31/08/2007 10:15:00

Publicado por: Imprensa