Em razão da Semana da Mulher, a militante da Marcha Mundial das Mulheres, Caroline Maciel da Silva, participou na quarta-feira (5) da 5ª Sessão Ordinária. Ela falou na Tribuna Livre sobre a importância do dia 8 de março – Dia Internacional de Luta das Mulheres. Caroline compõe o Comitê Municipal da Marcha Mundial das Mulheres e faz parte do Coletivo de Mulheres Feministas de Araras.
A representante comentou inicialmente que a Marcha Mundial das Mulheres é um movimento social internacional, feminista e anticapitalista, que surgiu no ano de 2000 e hoje é organizado em mais de 60 países.
A militante explicou que é necessário retomar o sentido de celebração do Dia Internacional das Mulheres e recuperar a história de luta das mulheres. “Desde 1910 já existiam movimentos de mulheres por mudanças na legislação civil, em especial na regulamentação do casamento e do divórcio, pelo direito de frequentar escolas e exercer ofícios e profissões, de terem acesso à herança e aos bens da família, de participar de associações políticas e sindicais. Mas a reivindicação que mais se destacava era o direito ao voto”, contou.
Caroline frisou que a luta é pela igualdade entre mulheres e homens. “Nós feministas afirmamos que nossa luta tem por objetivo alterar a concepção dessa sociedade capitalista e patriarcal em que vivemos, de que lugar de mulher é em casa, cuidando dos filhos”, afirmou.
Ela ainda destacou que embora o país tenha uma presidenta e um eleitorado feminino de 51%, as mulheres ocupam menos de 10% do Senado e menos de 9% na Câmara dos Deputados. "É preciso despatriarcalizar o Estado e a política, construindo espaços democráticos e processos efetivos de participação popular", afirmou.
Segundo a militante os mecanismos que afastam as mulheres dos espaços de poder e decisão são a dupla jornada de trabalho, a insuficiência de políticas públicas de apoio como creches, educação infantil em período integral, lavanderia comunitária, entre outros.
Publicado em: 06/03/2014 14:40:00
Publicado por: Imprensa