Os vereadores da Câmara Municipal de Araras lamentaram o falecimento do radialista João Franchozza, o Colêra , ocorrido na madrugada de sexta-feira (04), no Hospital São Luiz de Araras. Colêra tinha 87 anos e foi o radialista mais conhecido da cidade, deixou a esposa Terezinha, as filhas Fernanda e Meire e o filho João Marcelo Franchozza, atual secretário de Cultura do município, além das netas Ana Elisa e Bárbara. O sepultamento será às 18h no Cemitério Municipal.
O presidente da Câmara Municipal de Araras, o vereador Carlos Alberto Jacovetti (REDE), determinou que as bandeiras do Poder Legislativo fossem colocadas a meio-mastro nos próximos três dias em sinal de respeito ao conhecido empresário da comunicação de Araras. “Esta é uma homenagem de todos nós vereadores ao Colêra que talvez seja o radialista mais conhecido e mais ouvido de Araras de todos os tempos, nós vereadores ficamos muito triste com o seu falecimento, vai deixar muita saudade e fará falta às pessoas acostumadas a ouvi-lo todas as manhãs na Rádio Clube Ararense”, lamenta Jacovetti.
O vice-presidente da Mesa Diretiva, o vereador Eduardo Elias Dias (PHS) também lamentou a morte do amigo. “Araras amanheceu triste, o Colêra foi o maior comunicador do rádio ararense, vai deixar saudade”, disse.
Para o Secretário da Mesa Diretiva, Felipe Beloto (PR), o Colêra sempre será lembrado pelos ararenses. “Ele sempre foi um ícone da comunicação ararense, cresci ouvindo suas informações, que Deus conforte o coração da família, muito triste”, destaca.
A suplente do Secretário da Mesa Diretiva da Câmara, a vereadora Anete Monteiro dos Santos Casagrande (PSDB) não escondeu a tristeza pelo passamento do amigo. “O Colêra tem fãs pelos quatro cantos da cidade, que Deus conforte o coração da família neste momento de muita dor”, pondera.
O vereador Cláudio de Souza (REDE) disse que sentiu demais a morte do amigo. “É uma perda irreparável, o Colêra sempre foi muito querido, estou com uma profunda tristeza”, comenta.
O vereador afastado, Francisco Nucci Neto (PR), não escondeu sua tristeza. “Estou muito sentido, o Colêra sempre foi muito querido e vai deixar uma lacuna no rádio ararense”, disse.
Para o parlamentar, Marcelo de Oliveira (PRB), o radialista Colêra sempre foi um exemplo a ser seguido. “O Colêra foi um homem de fé e um exemplo a ser seguido, sua morte enluta não somente seus familiares e amigos, mas toda a sociedade ararense que sempre o teve como um exemplo de honestidade, caráter e honra”, relata.
Prefeitura decreta luto oficial
O prefeito municipal de Araras, Rubens Franco Junior (DEM) decretou luto oficial por três dias na cidade. “Manifestamos nosso profundo respeito à família e rogamos para que Deus traga o merecido conforto e paz a todos. Toda a sociedade lamenta a perda desse eterno comunicador que fez uma incrível carreira em Araras. Foi com sua voz marcante e dedicação que levava aos ararenses notícias, prestação de serviços e o melhor da música caipira todos os dias às 5h da manhã. Nossas mais sinceras condolências”, comenta o prefeito.
O vice-prefeito e secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, José Carlos Carleto Denardi (PSDB), disse que o Colêra será lembrado para sempre. “Ele era uma pessoa muito respeitada no meio da comunicação e também como pessoa. É uma perda para a cidade e para o rádio ararense. Que nós, que aqui ficamos, possamos continuar a nossa jornada a exemplo daquilo que ele foi: muito atencioso com a classe política, com as Administrações e isso, independentemente de cor partidária. Afinal, sua função era noticiar e informar. Os nossos mais sinceros sentimentos”, disse.
A trajetória de Colêra
João Franchozza, o Colêra nasceu em Leme/SP, na Fazenda Santa Terezinha. Começou a trabalhar no ano de 1956, aos 25 anos, na cidade de Araras. Casou-se com Maria Terezinha Franchozza, com quem teve três filhos, Fernanda, Marcelo e Meire e duas netas, Ana Elisa e Bárbara.
Em Araras, Colêra iniciou a sua vida profissional como chapeiro no restaurante Night & Day – época onde aprendeu a datilografia e passou a utilizar a máquina de escrever. Em seguida trabalhou como instalador de linhas telefônicas na Companhia Telefônica de Araras, onde atuou de 1960 a 1966 – período este em que começou a se apresentar na Rádio, ainda com o objetivo de só cantar.
Colêra iniciou sua carreira artística em 1961, no trio de música sertaneja, formada por Colêra, Campinho e Vicentinho. Gravaram dois discos de rotação 78, três LPs e quatro compactos duplos. Representaram Araras no Programa de TV de Geraldo Meirelles, da TV Bandeirantes em 1962.
Praticamente no mesmo período, Colêra foi contratado para apresentar um programa político na rádio que tinha duração de meia hora e era para ser por um período de seis meses, no entanto acabou ficando com o programa. A partir desta oportunidade, Colêra passou para vários outros programas, praticamente morando na rádio. Assim, largou o emprego na Companhia Telefônica para se dedicar na comunicação.
A rotina do radialista sempre começou bem cedo, antes mesmo de o galo cantar, chegando à Rádio Clube Ararense sempre por volta das 4h da manhã. Afinal, às 5h, seu programa, o consagrado “Programa do Colêra”, entrava no ar ao vivo. Sempre com a mesma disposição, Colêra levava aos ararenses as notícias, prestação de serviço e, claro, o melhor da música caipira.
Publicado em: 04/01/2019 16:29:54
Publicado por: Nilsinho Zanchetta - Diretoria de Comunicação da CMA -