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Empresário afirma que trabalhou sem contrato



Publicado por: Imprensa


Por pouco mais de uma hora o empresário Valdir Mendes foi interrogado pelos vereadores que integram a CEI da Escola “Ettore Zuntini”. A reunião aconteceu na tarde desta terça-feira (11) e foi dirigida pelo vereador Derci Tófolo (DEM), tendo ao lado os vereadores Eduardo de Moraes (PP) e Breno Cortella (PT). Carlos Jacovetti (PSDC), também acompanhou os trabalhos.
Valdir Mendes é proprietário de uma das empresas envolvidas na obra. Ele foi contratado para realizar serviços de colocação de calçada, instalação elétrica e pintura.
Esta CEI foi instaurada com o objetivo de apurar possíveis irregularidades na licitação, projeto, construção e inauguração da Escola Municipal Especial “Ettore Zuntini”. A unidade, inaugurada no dia 30 de dezembro do ano passado, não está funcionado por vários problemas estruturais. Ela está localizada na Avenida José Marques da Silva, antigo Centro de Lazer do Trabalhador “Ettore Zuntini”.
Mendes entregou, logo no começo da reunião, um relatório das atividades que a empresa de propriedade dele realizou destacando serviços que foram feitos além do estipulado. “Estão apontando que não foi cumprido uma parte do contratado. Mas tudo se explica. Não pretendo receber nada além do que foi pago. E não cobro judicialmente a Prefeitura porque sei que não adianta”, justificou.
 
Pintura
Sobre a pintura, o empresário fez o grafiado externo sem contrato. “Houve uma troca de serviços”, completou. Neste ato, a obrigação dele era com a mão de obra e disse que foi a pedido do ex-prefeito Luiz Carlos Meneghetti que deixou de usar verniz nas portas para aplicar esmalte.
Mendes afirmou que não houve lucro na execução do serviço e apenas prejuízo. “Muita coisa foi feita sem contrato. Era um acordo verbal. Não apenas comigo. Com vários serviços foi assim”, afirmou.
 
Fiação elétrica
Na parte elétrica o empresário foi questionado pela não execução da colocação de cabos. Ele explicou que o serviço não foi realizado por causa da ausência do quadro geral de distribuição elétrica. “Pra compensar eu coloquei os cabos de informática que são quatro vezes mais caros que o pedido original”, completou.
Para a contratação desse serviço a Prefeitura realizou pregão presencial. Valdir Mendes afirmou que foi representado, por procuração, por Paulo Eduardo Ale, na época assessor parlamentar do ex-vereador Marcelo de Oliveira (PPS).
“Muitos serviços eu peguei porque não tinha quem executasse. As empresas não queriam contratar com a Prefeitura com medo de não receberem”, emendou.
Ele ainda confirmou aos vereadores o recebimento de um aditivo de R$ 51 mil. Mendes justificou que toda a planilha da obra foi feita em 2004. “Em quatro anos o preço do material elétrico aumentou 80%. Esse valor foi pra compensar essa diferença”, respondeu o empresário.
Quanto a não colocação do pararraio, Valdir Mendes explicou que não foi contratado para isso e nada mais falou sobre o assunto.
 
Calçadinha
            Um relatório, apresentado pela Prefeitura, na atual administração, mostra que cada metro construído da obra custou R$ 1.086,00. Foram gastos, no total, R$ 2.787.097,05, conforme apresenta o documento, numa área (construída) de 2.564,53 m².
O mesmo relatório foi tema de uma reunião na mesma CEI onde foi questionado o engenheiro Evaldo Grigoletto, atual secretário de Planejamento, Gestão e Mobilidade, responsável pela elaboração do documento. Por esse documento a calçada, apontada com uma extensão de 3.600 m², teve colocada apenas 1.057 m².
Contratado pelo serviço, Mendes afirmou que a planilha da calçada foi feita além do necessário e que o trecho de pedras, na cor preta, que foge do padrão estipulado pelo Código de Posturas do Município, foi determinado pelo engenheiro Luis Pitaluga Neto, ex-secretário do governo passada. “Eles tinham pressa para inaugurar a obra. Por isso mandaram que eu fizesse desse jeito”.
Já a proteção da calçada, segundo Mendes, caberia à Prefeitura. “Eles me informaram que seria feito depois, fui orientado a colocar madeira e por isso boa parte do serviço já se desfez porque eles não realizaram o que era necessário”.
Por vários momentos o empresário citou o ex-prefeito Meneghetti. “Ele ia, de vez em quando, na obra. Acho que ele agiu de má fé na parte documental”, afirmou.
Toda a reunião foi gravada em áudio e vídeo. O DVD, conforme deliberação do presidente Derci Tófolo, fará parte do processo. Além disso, as falas do empresário e os questionamentos dos vereadores serão transcritos, na íntegra, para facilitar a elaboração do relatório final.
 
Próxima etapa
Na próxima semana os vereadores deverão ouvir, na terça-feira (18) – às 14 horas, os responsáveis pelas empresas que executaram os serviços de paisagismo, colocação de forro e gesso. Na quinta-feira (20), também às 14 horas, os trabalhos seguem com as empresas responsáveis pela cobertura do prédio e colocação de esquadrias metálicas – nestes casos são empresas com sede em outros municípios, respectivamente em Colina e São Paulo.


Publicado em: 11 de agosto de 2009

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Categoria: Notícias da Câmara

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